Com o Decreto-lei n.º 43/2007 foi promovido o alargamento dos domínios de habilitação do docente generalista que passam a incluir a habilitação conjunta para a educação pré-escolar e para o 1ºCiclo do Ensino Básico (CEB) ou a habilitação conjunta para os 1º e 2º CEB. Na delimitação dos domínios de habilitação para a docência privilegia-se uma maior abrangência de níveis e ciclos de ensino tornando possível a mobilidade dos docentes entre os mesmos. Deste modo, é organizada uma formação na área da docência onde o 1º CEB é entendido como charneira de um processo que vai do pré-escolar ao 2º CEB, com os professores a concluírem a sua formação inicial com o grau de mestre. Embora este modelo de formação seja relativamente recente, poderá ter chegado o momento para instituições formadoras e empregadoras procederem a um primeiro balanço investigativo sobre o impacto desta orientação de política educativa:
- Em que domínios são já evidentes as vantagens desta lógica formativa? Quem beneficia deste novo percurso formativo: os educandos, a instituição, os encarregados de educação, as políticas ministeriais…?
- Que incongruências, desequilíbrios ou insuficiências podem ser apontados, numa perspetiva de melhoria da formação de professores, na ótica do currículo?
- Está salvaguardada uma formação de qualidade na prática pedagógica dos futuros professores, isto é, na articulação sempre sensível e instável entre a teoria e a prática?
- O atual percurso da formação de professores destes ciclos de ensino responde afirmativamente às exigências de uma geração de educandos nascidos no seio da sociedade da informação e do conhecimento?
- Em que medida este modelo formativo – licenciatura + mestrado - salvaguarda uma maior ligação entre formação e mercado de trabalho (educacional)?
- Existe, como se constante na opinião publicitada, um excesso de oferta na área da docência ou, pelo contrário, ainda há margem para fomentar uma maior procura social da educação e, como tal, promover novas competências de formação nos futuros profissionais?
Outras problemáticas podem e devem ser levantadas num primeiro balanço que este número 18 da Revista Saber & Educar deseja proporcionar ao desafiar a comunidade dos investigadores e dos profissionais a apresentarem estudos que contribuam positivamente para a melhoria do percurso formativo agora em vigor.
- Em que domínios são já evidentes as vantagens desta lógica formativa? Quem beneficia deste novo percurso formativo: os educandos, a instituição, os encarregados de educação, as políticas ministeriais…?
- Que incongruências, desequilíbrios ou insuficiências podem ser apontados, numa perspetiva de melhoria da formação de professores, na ótica do currículo?
- Está salvaguardada uma formação de qualidade na prática pedagógica dos futuros professores, isto é, na articulação sempre sensível e instável entre a teoria e a prática?
- O atual percurso da formação de professores destes ciclos de ensino responde afirmativamente às exigências de uma geração de educandos nascidos no seio da sociedade da informação e do conhecimento?
- Em que medida este modelo formativo – licenciatura + mestrado - salvaguarda uma maior ligação entre formação e mercado de trabalho (educacional)?
- Existe, como se constante na opinião publicitada, um excesso de oferta na área da docência ou, pelo contrário, ainda há margem para fomentar uma maior procura social da educação e, como tal, promover novas competências de formação nos futuros profissionais?
Outras problemáticas podem e devem ser levantadas num primeiro balanço que este número 18 da Revista Saber & Educar deseja proporcionar ao desafiar a comunidade dos investigadores e dos profissionais a apresentarem estudos que contribuam positivamente para a melhoria do percurso formativo agora em vigor.
Sumário
Editorial
José Luís Gonçalves
|
6–9
|
Artigos S&E
María Montserrat Castro Rodríguez
|
10-21
|
Ana Souto Melo, Maria Branco
|
22-35
|
Maria Celeste de Sousa Lopes
|
36-45
|
Henrique Pereira Ramalho
|
46-59
|
Ana Luísa de Oliveira Ferreira, Ana Catarina Assunção
|
60-67
|
Variæ
Lenoir Santos Luciana, Maria da Luz Alves Ferreira
|
68–81
|
Daniela Coelho, Gorete Ribeiro
|
82–93
|
Debora Walfrid Elijah, José Milton Madeira
|
94–105
|
Rosa M. Lima
|
106–115
|