Violência Conjugal: Crenças de Atuais e Futuros Profissionais, Implicados na sua Reposta e Prevenção – Direito, Saúde e Educação

Paula Cristina Cabral, Francisco Javier Rodríguez-Díaz

Resumo


Data de Submissão: 3-10-2017 Data de Aceitação: 12-12-2017

Com o presente estudo, apresenta-se uma investigação, referente à problemática da violência conjugal, cujo objectivo primordial foi caracterizar as crenças dos profissionais e futuros profissionais directamente implicados na sua resposta e prevenção. Com o intuito de identificar as crenças quanto à dimensão do fenómeno violência conjugal e, a percepção jurídica face ao mesmo e quais as crenças e atitudes legitimadoras de violência nas relações conjugais, desenvolveu-se um estudo quantitativo descritivo, aplicando a Escala de Crenças de Violência Conjugal – ECVC (Machado, Matos & Gonçalves, 2006). A soma total da escala mede o nível de tolerância / adaptação em relação à violência física e psicológica exercida no contexto das relações conjugais. A soma de cada factor permite compreender as crenças / atitudes específicas de este tipo de violência. Neste contexto, outro objectivo, foi o de avaliar a fiabilidade da ECVC, mediante o teste de Kolmogorov-Sminov, constando, através dos resultados obtidos, que o modelo proposto originalmente, não tem um bom ajuste aos dados. Observa-se e discute-se, ainda, a análise diferencial de género.

This study presents an investigation about the problem of marital violence, whose primary objective was to characterize the beliefs of professionals and future professionals directly involved in their response and prevention. In order to identify the beliefs about the dimension of the phenomenon of conjugal violence and the legal perception regarding it and the beliefs and legitimating attitudes of violence in marital relations, a descriptive quantitative study was developed, applying the Beliefs of Violence Scale Conjugal - ECVC (Machado, Matos & Gonçalves, 2006). The total sum of the scale measures the level of tolerance / adaptation in relation to physical and psychological violence in the context of marital relationships. The sum of each factor allows to understand the specific beliefs / attitudes of this type of violence. In this context, another objective was to evaluate the reliability of the 

ECVC, using the Kolmogorov-Sminov test, and the results obtained show that the model originally proposed does not have a good fit to the data. We also observe and discuss the gender differential analysis

Key Words: Intimate partner violence; beliefs; gender; famile life


Palavras-chave


violência conjugal; crenças; género; convivência

Texto Completo:

PDF

Referências


Abad, F. J., Olea, J., Ponsoda, V., & García, C. (2011). Medición en ciencias sociales y de la salud. Editorial Síntesis S.A.: España.

Aiquipa J. (2015). Dependencia emocional en mujeres víctimas de violencia de pareja. Revista de Psicología, 33 (2) 412-437.

Ali, Parveen A., Dhingra, K. & McGarry, J. (2016). A literature review of intimate partner violence and its classifications. Agression and Violence Bewhavior 31, 16-25. http:77dx.doi.org/10.2016/j.avb.2016.06.008

Alves, R. A., Pinto, L.M.N., Silveira, A.M., Oliveira, G.L. & Melo, E.M. (2012). Homens, vítimas e autores de violência: a corrosão do espaço público e a perda da condição humana. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 16(43), 871-883.

Andrews, D. A. & Bonta, J. (2006). The Psychology of Criminal Conduct.(4 th ed.). LexisNexis.

Arce, R., Fariña, F., (2010). Diseño e implementación del Programa Galicia de Reeducación de Maltratadores: Una respuesta psicosocial a una necesidad social y penitenciaria. Intervención Psicosocial, 19 (2),153-166. http://doi.org/10.5093/in2010v19n2a7

Archer, C. (2000a). Sex differences in aggression between heterosexual partners: A meta-analytic review. Psychological Bulletin, 126, 651-680.

Barros, C.R., & Schraiber, L.B. (2017). Intimate partner violence reported by female and male users of healthcare units. Rev Saude Publica, 51(7), 1-10. http://doi.org/10.1590/S1518-8787.2017051006385.

Berry, Db., (2000). The domestic violence sourcebook. Lowell House:IIlinois.

Bratek, A., Beil, J. & Banach, M., (2013). The Impact of Family Environment on the Development of Alcohol Dependence. Psychiatria Danubina. 25(2),74-77.

Brum, C. R. S., Lourenço, L. M., Gebara, C. F. & Ronzani, T. M., (2013). Violência Doméstica e Crenças: Intervenção com profissionais da Atenção Primária à Saúde. Psicologia em Pesquisa 7(2), 242-250. http://doi.org./10.5327/Z1982-1247201300020012.

Cabral. P. & Quintas, J. (2010). Questionários As representações sociais da violência conjugal e da Resposta da Justiça.

Calvinho, M. (2007). Violência Conjugal contra a mulher: Histórias vividas e narradas no feminino. Dissertação de Mestrado em comunicação em Saúde. Lisboa: Universidade Aberta.

Calvinho, M. (2013). Violência Conjugal contra a mulher. Representações sociais dos profissionais de saúde face às mulheres vítimas. Tese de Doutoramento em Psicologia da Clínica e da Saúde. Lisboa: Universidade Aberta.

Casimiro, C. (2008). Violências na conjugalidade: a questão da simetria do género. Análise Social, XLIII(43)579-601.

Casimiro, L. (2011). Tensões, Traumas e Violência Familiar: da invisibilidade à denúncia.

Casique, L. & Furegato, A. R. (2006). Violência contra mulheres: Reflexões Teóricas. Revista Latino-Am Enfermagem, 14(6) 950-956.

Colossi, P. M.(2015). Violência conjugal: prevalência e factores associados. Contextos Clínicos, (8)55-66. http://dx.doi:10.4013/ctc.2015.81.06

Correa, M.L. (2016). La humanización de la atención en los servicios de salud: un asunto de cuidado. Rev Cuid., 7(1)1227-31. https://doi.org/10.15649/cuidarte.v7i1.300

Delgado-Álvarez, M., Sánchez-Gómez, M. & Fernández-Dávila, P.(2012). Atributos y estereotipos de género asociados al ciclo de la violencia contra la mujer. Universitas Psychologica, 11(3), 769- 777.

Dias, I. (2010). Violência doméstica e justiça: respostas e desafios. Sociologia: Revista do Departamento de Sociologia da FLUP, 20, 245-262.

Dias, I. (2004). Violência na família – Uma abordagem sociológica. Porto: Edições Afrontamento.

Duarte, M. (2013). O lugar do Direito na violência contra as mulheres nas relações de intimidade. Revista Género & Direito (1)25-45.

Dourado, S. M. & Noronha, C.V. (2014). A face marcada: as múltiplas implicações da vitimização feminina nas relações amorosas. Physis Revista de Saúde Coletiva, 24(2), 623-643. https://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312014000200016

Ellsberg, M., Arango, D. J., Morton, M., Gennari, f., Kiplesund, S., Contreras, M . & Watts, C. (2014). Prevention of violence against women and girls: What does the evidence say? The Lancet, 385(9977), 1555-1566. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(14)61703-7.

Elosua, P. & Zumbo, B.D. (2008). Coeficientes de fiabilidad para escalas de respuesta categórica ordenada. Psicothema, 20, 896-901.

Fálcon, C. (2008). Realidad Individual, Social y Jurídica de la Mujer victimada de Violencia de Género. In Herrea, Moreno M. (coord.), Hostigamiento y Habitat Social. Una perspectiva victimológica. Granada: Comares.

Fatela, J. (1989). O Sangue e a Rua – Elementos para uma Antropologia da Violência em Portugal (1926-1946). Portugal de Perto, 18. Lisboa: Publicações D. Quixote.

Finger, B., Kachadourian, L.K., Molnar, D.S., Eiden, R.D., Edwards, E.P. & Leonard, K.E. (2010). Alcoholism, associated risk factors, and harsh parenting among fathers: Examining the role of marital aggression. Addict Behav, 35(6).

Fonseca, D. H., Ribeiro, C. G. & Leal, N. S. B. (2012). Violência Doméstica contra a mulher: Realidades e Representações Sociais. Psicologia & Sociedade, 24 (2) 341-358.

Fortune, M. (2001). Religious issues and violence against women. In The Sourcebook on Violence against Women (pp. 372-385). California: Sage Publicationes.

García-Moreno, C. & Temmerman, M. (2015).Commentary: Actions to end violence against women: a multi-sector approach. Glob Public Health, 10(2), 186- 8. https://doi.org/10.1080/17441692.2014.986163

Guerra, P. (2016). Processo Penal. In Violência Doméstica – Implicações sociológicas, psicológicas e jurídicas do fenómeno – Manual Interdisciplinar (pp. 142-153). CEJ: Centro de Estudos Judiciários.

Grams, A. C. & Magalhães, T. (2011). Violência nas relações de intimidade. Avaliação do risco. Revista Portuguesa do Dano Corporal, 22, 75-98.

Hamby, S. (2014a). Intimate partner and sexual violence research scientific progress, scientific challenges, and gender. Trauma, Violence & Abuse, 15 (3)149-158. http://doi.org/101177/1524838014520723.

Hamby, S. (2016b). Self-report measures that do not produce gender parity in intimate partner violence: A multi-study investigation. Psychology of Violence, 6, 323-335. http://doi.org/10.1037/a0038207.

Homem, A. P. B., (2016). A violência Doméstica – Caracterização e respostas aptas à sua erradicação. In Violência Doméstica, implicações sociológicas, psicológicas e jurídicas do fenómeno – Manual Multidisciplinar, pp. 8-67. CEJ: Centro de Estudos Judiciários.

Keller, P.S., Gilbert, L.R., Koss, K.J., Cummings, E.M. & Davies, P.T. (2011). Parental problem drinking, marital aggression, and child emotional insecurity: A longitudinal investigation. J Stud Alcohol Drugs, 72, 711-722.

Krug, E. G., Dahlberg, L. L, Mercy, J. A., Zwi, A. B., & Lozano, R. (Eds.). (2002). World report on violence and health. Geneva: World Health Organization.

Langhinrichsen-Rohling, J., McCullars, A., & Misra, T. A. (2012). Motivations for men and women's intimate partner violence perpetration: A comprehensive review. Partner Abuse, 3(4), 429–468.

Lila, M., Germes, A. O., Miñana, A. C., Llinares, L. G., & Gracia, E. (2014). The intimate partner violence responsibility attribution scales (IPVRAS). The European Journal of Psychology Applied to Legal Context, 6(1) 29-36.

Lisboa, M., Carmo, L., Vicente, L., & Nóvoa, A. (2003). Os custos sociais e económicos da violência contra as mulheres. Lisboa: CIDM.

Lopes, A. F. H. P. (2016). Implicações do alcoolismo na dinâmica familiar. Coimbra: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

López, M. & Núñez, B. (2015). La intervención/terapia de pareja como respuesta a las demandas individuales. Mosaico, 61, 40-53.

Machado, C., (2009). Crenças e Atitudes de Profissionais face à Violência Conjugal. Acta Médica Portuguesa. Recuperado de www.actamedicaportuguesa.com.

Machado, C., Martins, C. & Caridade, S. (2014). Violence in Intimate Relationships: A comparison between Married and Dating Couples. Journal of Criminology. ID897093.http://dx.doi.org/10.1155/2014/897093

Machado, C., Matos, M. & Gonçalves, M. (2006). Manual de escala de crenças sobre a violência conjugal (E.C.V.C.) e do inventário de violência conjugal (I.V.C.): escalas de avaliação e manual. Braga: Editora Psiquilibrios.

Machado, C. & Gonçalves, R. (2003). Violência e vítimas de crimes. Coimbra: Quarteto.

Machado, C. & Matos, M. (2001). A intervenção narrativa com um grupo de mulheres maltratadas: Da desconstrução da posição de vítima à reconstrução de identidades preferenciais. In M. Gonçalves & O. Gonçalves (Eds.), Psicoterapia, discurso e narrativa: A construção conversacional da mudança (pp. 207-234). Coimbra: Quarteto Editora.

Magalhães. T. e Fernandes, C. (2013). Avaliações e Controlo do Risco na Violência Doméstica. Revista do Centro de Estudos Judiciários, 1, 272- 306.

Martínez, V.T.P. & Marín, Y.H. (2009). La violencia psicológica de género, una forma encubierta de agresión. Revista Cubana de Medicina General Integral, 25(2), 1-7.

Mathias, A.K.R.A., Bedone, A.J., Osis, M.J.D. & Fernandes, A.M.S. (2013). Prevalência da violência praticada por parceiro masculino entre mulheres usuárias da rede primária de saúde do Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 35(4), 185-191. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032013000400009

Matos, M. (2000). Violência Conjugal: O processo de construção da identidade da mulher. Dissertação de candidatura ao grau de mestre em Psicologia, na especialidade de Psicologia da Justiça. Braga: Instituto da Educação e Psicologia, Universidade do Minho.

Matos, M. (2003) Violência conjugal. In C. Machado & R. A. Gonçalves (Coords), Violência e Vítimas de crimes, Vol I: Adultos. Coimbra: Quarteto.

McLaughlin, E. & Munice, J. (2001). The Sage Dictionary Criminology. London: Sage.

Miller, M. , Drake, & Nafziger, M. (2013). What Works to reduce recidivism by domestic violence offenders (Document Nº 13-01-12019). Olympia: Washington State Institute for Public Policy.

Montesanti, S.R., &Thurston, W.E., (2015). Mapping the role of structural and interpersonal violence in the lives of women: implications for public health interventions and policy. BMC Women’s Health, 15, 100. https://doi.org/10.1186/s12905-015-0256-4

Moral, G. & Cuetos, S. (2017). Violencia en el noviazgo, dependencia emocional y autoestima en adolescentes y jóvens españoles. Revista IberoAmericana de Psicología y Salud, 8(2), 96-107. https://doi.org/10.23923/J.rips.2017.08.009.

Novo, M., Fariña, F., Seijo, María Dolores & Arce, R. (2012). Assesment of a community rehabilitation programme in convicted male intimate-partner violence offenders.International Journal of Clinical and Health, 219-234.

Razera, J., Cenci, C., & Falcke, D. (2014). Violência doméstica e transgeracionalidade: um estudo de caso. Revista de Psicologia da IMED, 6 (1), 47-51.

Redondo, J., Pimentel, I. & Correia, A. (2012). Manual SARAR – sinalizar, apoiar, registar, avaliar, referenciar: Uma proposta de Manual para profissionais de saúde na área da violência familiar / entre parceiros íntimos. Coimbra: Tipografia Damasceno.

Rodríguez-Blanes, G.M., Vives-Cases, C., Miralles-Bueno, J.J., San Sebastián, M., & Goicolea, I. (2017). Detección de violencia de compañero íntimo en atención primaria de salud y sus factores asociados. Gaceta Sanitaria, 7. https://doi.org/10.1016/j.gaceta.2016.11.008

Rosa, L. & Falcke, D. (2014). Violência conjugal: compreendendo o fenómeno. Revista da SPAGESP, 15 (1), 17-32.

Santos, L.V., Costa, L.F. (2004). Avaliação da dinâmica conjugal violenta e suas repercussões sobre os filhos. Psicologia: Teoria e Prática, 6(1), 59-72.

Silva, E.B., Padoin, S.M., & Vianna, L.A. (2015). Women in situations of violence: limits of assistance. Cien Saude Colet., 20(1), 249-58.

Soto, P. L., & Pérez, L. M. (2017). Asertividad e ideología de género en mujeres víctimas de abuso psicológico. Ciencia y Sociedad, 42(1), 59-76.

Sottomayor, M. C. (2016). Assédio Sexual nas ruas e no trabalho: Uma questão de direitos humanos. Combate à Violência de Género – Da Convenção de Istambul à nova legislação Penal (p. 74). Porto: Universidade Católica Editora.

Stith, S., McCollum, E., Amanor-Boadu, Y. & Smith, D. (2012). Systemic perspectives on intimate partner violence treatment. Journal of Marital and Family Therapy, 38 (1), 220-240.

Straus, M. A. (2016). Gender-violence, dyadic-violence, and dyadic concordance types: A conceptual and methodological alternative to Hamby that incorporates both the gendered and dyadic interaction aspects of violence to enhance research and the safety of women. Psychology of Violence. http:/dx.doi.org/10.1037/a0039616.

Torralbas-Fernández, A. & Calcerrada-Gutiérrez, M. (2016). Using Primary Care to Address Violence against Women in Intimate Partner Relationships: Professional Training Needs. MEDICC Rev., 18 (4),38-41.

Trindade, R.F.C., Almeida, A.M. & Rozendo, C.A. (2008). Infidelidade masculina e violência doméstica: vivência de um grupo de mulheres. Ciencia y Enfermería, 14(2),39-46.

Vatnar, S.K.B. & Bjorkly, S. (2009). Interactional aspects of intimate partner violence result in different help-seeking behaviors in a representative sample of women. Journal of Family Violence, 24(4), pp. 231-241. http://dx.doi.org/10.1007/s10896-009-9224-9

Ventura, M., Frederico-Ferreira, M., & Magalhães, M. (2013). Violência nas relações de intimidade: crenças e atitudes de estudantes do ensino secundário. Revista de Referência, 11 (3), 95-103. https://www.cig.gov.pt/wp-content/uploads/2014/01/V_PL_PREV_COMBATE.pdf

Winstok, Z. (2016). A new definitin of partner violence. Agrression and Violent Behavior, 28, 95-102.https://doi.org/10.1016/j.avb.2016.04.002.

Winstok, Z., & Sowan Basheer, W. (2015). Does psychological violence contribute to partner violence research? A historical, conceptual and critical review. Aggression and Violent Behavior, 21, 5–16. http://dx.doi.org/10.1016/j.avb/2015.01.003




DOI: http://dx.doi.org/10.17346/se.vol23.275

Article Metrics

Metrics Loading ...

Metrics powered by PLOS ALM

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 License.

e-ISSN 1647-2144 | Publicação contínua semestral |Creative Commons Attribution (BY-NC-SA 4.0) | ESE de Paula Frassinetti | Apoio 

Indexação: DOAJ | ERIHPLUS | Latindex catálogo 2.0MIAR |QOAM |QualisCapes | Genamics JournalSeek |InfoBase Index | REDIB | Google Scholar Metrics (GSMIndex Copernicus International|SJIF Journal Rank|OpenAire | OEIOpen Science Directory | ROAD | Crossref |Copac (Reino Unido)|Ulrich's Periodicals DirectorySUDOC (França)OAIster |RCAAP | OpenAireMir@belSherpa Romeo